Marina Dias (26) e Lise Peres (27) são as integrantes da banda pelotense/rio-grandina, A-Maze. Duas vozes, dois violões, dois estilos diferentes e muito em comum. Elas se conheceram na FURG (Universidade Federal do Rio Grande), participando do PIBID (Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) em 2012. Nenhuma delas tinha o intuito de formar uma banda na época, mas a dinâmica musical entre as moças ganhou lugar rapidamente! Entrevistei essas duas divas buscando entender peculiaridades de cada uma e descobrir como se dá seu entrosamento como banda, quais suas influências e que tipo de som a A-Maze faz . Quer saber o que descobri? Então segue lendo essa entrevista!

ACORDEI DIVA – Como surgiu a A-Maze?

Marina – Eu estava quase me formando e a Lise tinha recém ingressado no curso de Letras Português/Inglês. Certa vez, quando estávamos elaborando uma apresentação de trabalho requisitado pelo PIBID, nossos colegas pensaram que seria legal se alguém tocasse uma canção ao fim da apresentação. Foi então que rolou a conversa: ‘alguém toca algum instrumento? Alguém canta?’. Eu disse para eles que cantava e tocava um pouco de violão e a Lise também se manifestou da mesma forma. Eu e a Lise combinamos um ensaio, e quando este aconteceu, sentimos muito sintonia uma com a outra.

Lise – A gente percebeu de imediato que tínhamos entrosamento musical e que não precisávamos parar naquela única apresentação para os nossos colegas de projeto.

Esse entrosamento foi tão intenso que, apesar da distinção de estilos musicais, Lise e Marina sentiram que se complementavam e surgiu a A-Maze, mas a escolha do nome não foi fácil. As meninas explicam o processo criativo no entorno da escolha do nome da banda:

ACORDEI DIVA – Como surgiu o nome da banda? O que significa?

Marina – A-Maze é uma junção de duas palavras em inglês: Amaze e Maze, e chegamos nestas palavras pensando na sonoridade dos nossos nomes MArina e liSE e . Amaze, que significa surpreender e Maze que é labirinto, confusão, incerteza. Sentimos que ele reflete o nosso estilo. Apesar de tocarmos covers, nossos arranjos são sempre novidade e trabalhamos muito nas linhas de vocais e isto se relaciona com Amaze.

Lise – O ‘A’, por ser um artigo em inglês, já veio automaticamente, porém, junto ao ‘maze’, criou outra palavra: amaze, que quer dizer impressionar, surpreender. Então nós separamos o ‘A’ do resto da palavra pra que ela possuísse essa plurissignificação.

ACORDEI DIVA – Como caracterizam o estilo musical da A-maze?

Marina – (…)achamos difícil dizer qual linha de rock nós seguimos, pois temos em nosso repertório músicas rotuladas como rock clássico, folk, grunge, etc… Porém todas acabam com a nossa cara.

Lise – Nossos estilos musicais são muito diferentes, apesar disso, conseguimos encontrar um espaço de intersecção pra definir a personalidade da banda. Como ambas gostam do som de um bom violão, com todo aquele apelo acústico e cru, contemplamos nossos covers com a simplicidade de um violão (às vezes dois) e, de vez em quando, algum instrumento de percussão. Eu, como uma boa amante de música alternativa, mais especificamente do indie folk, e a Marina, apaixonada pelo rock, resolvemos juntar as duas partes. Geralmente, o que fazemos é encontrar a canção ideal em que o vocal se encaixe bem, pois esse é o nosso forte. Depois disso, se escolhemos um clássico do rock, por exemplo, damos um toque nosso, mudamos alguns detalhes e adicionamos outros, que valorizem o que a gente explora mais: o violão e as vozes.

ACORDEI DIVA – Quais são as influencias musicais de vocês?

Marina – Sinto-me influenciada por tantas bandas e artistas que sempre acho essa uma pergunta difícil de responder. Cresci ouvindo Heavy Metal, Hard Rock, Rock Progressivo… e ao mesmo tempo ouvia música instrumental (clássica e também de guitarristas “virtuosos”, por influência do meu irmão que é músico e guitarrista). Com o passar dos anos tive a oportunidade de ter contato com a MPB, Bossa Nova e Jazz, estilos os quais tento cada vez mais conhecer e gosto muito. Também adoro Funk (leia-se Funky), de James Brown à Jamiroquai; tem tanta gente boa nesse etilo! E incluída nessa maravilha de sonoridade está Aretha Franklin que, para mim, é um exemplo de qualidade vocal com personalidade e sentimento. Fiz parte de uma banda (Black Rock) que explorava este estilo e era uma felicidade só. Posso citar algumas bandas e pessoas que admiro e ouço bastante, como Led Zeppelin, Deep Purple, Jimmi Hendrix, Rush, The Beatles, Stevie Wonder, e também nomes mais atuais como Esperanza Spalding, Beth Hart e The Civil Wars.

Lise – Comecei a tocar violão há 11 anos, naquela época eu ainda era integrante assídua da igreja, então pegava os meus CDs de música gospel alternativa (como Audio Adrenaline, Jars of Clay e Sixpence None the Richer) e começava a tirar de ouvido, pois não tinha professor. Logo mais descobri a existência do John Mayer e virei uma obcecada pelo talento indiscutível dele. Com o tempo e algumas vídeo-aulas, aprendi algumas técnicas usada por ele em suas músicas. Hoje em dia, além de continuar ouvindo o lindo John Mayer que eu conheci (não esse country-hippie de agora, que não me agrada tanto), tenho fortes influências do cenário alternativo, como Daughter, Bon Iver, The Head and the Heart, Lucy Rose e Angus & Julia Stones (que, por sinal, acabaram de lançar um álbum lindo!). Todas essas influências acabaram formando a personalidade musical que tenho hoje.

ACORDEI DIVA – Como caracterizam o estilo visual da banda?

Lise – Apesar de apreciarmos o estilo, uma da outra, eu e a Marina nos vestimos, fundamentalmente, de maneiras diferentes. Enquanto a Mari curte botas pretas e de cano alto, eu opto por um tênis kick básico ou uma alpargata. Eu nunca dispenso o jeans, a Marina, vira e mexe, esbanja sua beleza dentro de um vestido. Eu costumo usar cardigans, camisas, sweaters, gosto de fazer algumas camadas de vez em quando. Uso lenços, praticamente, em qualquer estação e nunca dispenso o conforto de um hoodie. Não tenho um lugar específico onde comprar minhas roupas, em qualquer lugar que eu ache legal, tá valendo! Os calçados, gosto de comprar em lojas virtuais, sempre tem coisas que, geralmente, não tem na cidade.

Marina – O tipo de roupa que usamos costuma ser diferente nos shows e gostamos do estilo uma da outra. Nós não combinamos o que vamos usar, vai da vontade de cada uma. No meu dia a dia eu uso muito tênis baixinho, jeans e agora que estamos no inverno não dispenso uma jaqueta de couro. Para visual de palco eu gosto muito de cabelo solto, botas, vestidos larguinhos e de me sentir bonita estando confortável. Em relação à maquiagem, aposto nos olhos marcados e batons escuros. Eu compro o que me agrada, não ligo para marcas. Gosto quando vejo algo na vitrine, experimento e sinto que me serve bem.

ACORDEI DIVA – Quando tem show da A-Maze?

Lise – Tocamos há pouco tempo na Fenadoce, na Cidade do Doce (Pelotas), agora estamos acertando uma data pra tocar na FEARG, em Rio Grande. Em breve teremos show.

ACORDEI DIVA – Vocês vão lançar algum material novo? Quando?

Lise – Estamos trabalhando em alguns projetos, acho que ainda nesse semestre já teremos canções próprias.

ACORDEI DIVA – Na sua opinião que é ser DIVA?

Lise – Pra mim, ser diva é ser segura, autoconfiante e bem resolvida.
Marina – Ser diva é ser uma mulher que inspira outras. É amar-se, valorizar-se e sentir-se bem na sua própria pele.

 

E para quem quiser conhecer mais a A-Maze:

Facebook: https://www.facebook.com/amazeband.

Soundcloud: https://soundcloud.com/amazeband

Contatos para shows com a A-Maze pelo telefone (53)8114-1626 e pelo e-mail [email protected].