Um reality show da Noruega decidiu levar blogueiros do mundo da moda para conhecer a realidade das pessoas que fabricam suas roupas. Comumente ligada a casos de escravidão, lojas de roupas são famosas por contratar fábricas de lugares com mão de obra barata.
O programa, que tem o nome de uma gíria comumente usada para descrever lugares com difíceis condições de trabalho, Sweatshop – Deadly Fashion (“Sweatshop – Moda Mortal”), levou Anniken Jørgensen, Frida Ottesen e Ludvig Hambro, três blogueiros de moda de 17 anos para Phnom Penh, capital do Camboja. Os jovens passaram um mês conhecendo a vida de um trabalhador nas fábricas têxteis no país asiático.
O experimento foi idealizado e realizado pelo jornal norueguês Aftenposten, que transformou a experiência em um programa de 5 episódios (que podem ser vistos aqui, em inglês). Lá, eles descobrem coisas absurdas, como o fato da blusa que eles compram por U$ 35 custar mais do que um mês inteiro de aluguel. “Aqueles que fazem as roupas deveriam também ser capazes de comprá-la”, reclama Hambro. Os primeiros episódios ainda contém auras de curiosidade, que começam a desaparecer a medida que eles vão descobrindo cada vez mais daquele estilo de vida.
Quando os trabalhos são iniciados é que os adolescentes descobrem a dura vida dos cambojanos que trabalham na indústria têxtil. “Isso nunca acaba”, diz Ottesen, “e eu só estive aqui por duas horas fazendo a mesma coisa. Estou com fome e minhas costas doem”.
“Você não sabe quão ruim é, até ver com os próprios olhos”, diz Hambro. “Eu estou tão cansado que não sei o que dizer ou sentir. E o pio de tudo é que esse é um dos poucos lugares que nos deixaram entrar. Eu imagino como devem ser outros lugares, que não pudemos ver”, completa.
A loja H&M, uma das mais presentes no Camboja não respondeu ao programa, mas revelou em nota à imprensa que “Sweatshop” não representa os esforços que a empresa faz no campo da responsabilidade social.
Confira o trailer (em inglês):
Foto: Reprodução/YouTube
Fonte: Administradores.com.br e Ecouterre
